quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Os gatinhos e eu

Em 2004 eu resolvi que queria morar sozinha.

E fui. Casa alugada, liberdade total, vida nova e agravamento de um processo depressivo já existente.

Por um ano tudo foi novidade. Mas logo comecei a me sentir muito, muito sozinha.

Aliás, nem deu um ano, após exatos 10 meses levei a Nina pra casa.

A Nina é mãe da Teca e da Nala, que nasceram em casa e encheram a minha vida de alegria.

Eu não havia tido a oportunidade de conviver com animais na infância. Tirando um pintinho ganhado na festa junina, um gato doente que morreu do nada, e um passarinho ou outro com a asa quebrada, eu nunca havia tido uma companhia felina ou canina pra desenvolver meu lado amoroso, de cuidados, de paciência, de compreensão e tolerância.

Na minha vida perfeitinha e solitária, vários foram os enfeites de casa quebrados, além de um sofá destruído. Pêlos e mais pêlos denunciando a presença, antes esporádica, da minha rinite de nascença.

Eu não tenho palavras suficientes para agradecer todas as bênçãos que meus seis gatinhos trouxeram pra minha vida. Mas sei que todas as pessoas têm a oportunidade de abraçar, cuidar e defender um bichinho tão inocente e amoroso, mas poucas têm a honra e o privilégio de merecer seu amor e companheirismo.

Só quem realmente sabe tolerar as dificuldades e valorizar os benefícios que a presença de um animalzinho de estimação nos proporciona é que consegue colher todos os frutos da experiência que a convivência nos traz.

Eu aprendi muito. E aprendo até hoje. E agradeço a eles, meus seis gatinhos, pela honra de tê-los comigo.

Nos cuidados com a Teca, a veterinária falou: "Que sorte a dela de ter você".

Mas eu nunca havia pensado dessa forma, simplesmente porque sinto que sempre fui a mais privilegiada nessa relação, rsrsrs.

Com os gatinhos eu aprendi a falar que nem menininha, baixinho e manso; aprendi que rinite é muito mais legal que depressão; aprendi que coisas materiais servem para ser quebradas e que o sofá é o melhor arranhador do mundo!

Aprendi que tomar sol no sofá à tarde é o melhor programa que há.

Que uma bolinha de papel é a maior e mais perigosa presa que existe.

Que quando a gente se sente feliz tem que demonstrar fazendo um barulhinho ronronento gostoso e aconchegante que faz a gente se sentir mais calma e segura.

E, dentre várias outras coisas, que realmente estamos aqui de passagem e que o melhor da vida é aproveitá-la todos os dias, de pouquinho em pouquinho, uma hora por vez, um dia de cada vez, sempre e sempre, porque matéria/carne uma hora apodrece e acaba e não há nada que possamos fazer pra impedir isso.

Não sei quanto tempo a Teca vai viver, só Deus sabe. Mas tudo o que eu puder fazer pra ela viver com QUALIDADE, eu estou fazendo.

Não me importa quantidade. Qualidade é o que devemos buscar sempre.

O resto é com Deus.

Beijos!!!! Cris






3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Cris .... força.... Deus realmente sabe de todas as coisas...entregue a ele a sua vida e o mais ele lhe dará direção. Tenho certeza do que está ao seu alcance vc fará.... bjos e qualquer coisa é só teclar...

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