Acho que há muito tempo esse blog não pode mais ser chamado de light, hahaha. De 'light' só o pensamento sem atitude, ultimamente.
Essa semana eu tô totalmente rebelde. Não me programei direito, não comi as coisas saudáveis que me fazem bem e relaxei como há muito não fazia.
Voltou a auto-piedade, uma certa revolta, uma apatia diante de problemas emocionais corriqueiros. Corriqueiros, não corretos. Do meu ponto de vista.
Não fui pra academia. O encosto preguiçoso foi tomando conta de mim e eu não lutei contra ele. Não dessa vez.
Não me abandonei totalmente. Ainda consigo fazer piada, rir, e cuidar de mim. Acredito ser apenas uma revolta temporária. Falta do exercício do desabafo, falta do carinho necessário para comigo e para com as outras pessoas.
Eu ainda faço terapia, a cada 15 dias agora, e sinto que estou bem melhor que antes. Mas há épocas e épocas, conflitos e conflitos, tempos e tempos e sempre vai sobrar alguma coisinha mal resolvida.
Quanto ao blog, eu já escrevi uma história de sucesso antes. No momento, estou escrevendo uma história de crescimento interno e externo (hahaha, a banha tá caindo pra fora da calça, num acredito nisso, tsc, tsc).
Enfim, eu desfoquei minha vida do peso e fui viver um pouco mais outras coisas. Eu tenho sim cabeça de gorda, senão não afogava minhas mágoas num milk shake, como acabei de fazer.
Há meses não tomo um milk shake. Não curto muito, tem muita caloria, muito açúcar, ou seja, não faz parte da minha vida, então é esse mesmo que eu escolhi pra chorar em cima, hahaha. Encheu o bucho, mas daqui umas horas, o bucho vai estar vazio de novo... E a sensação de vazio, se era ruim, vai piorar. Porque a gente faz umas coisas dessas né?
Por causa do maldito livre-arbítrio. Cada um faz o que quer. Apenas assume os resultados depois. Só.
Hoje fui levar minha vó pra fazer um eco do coração. Tá tudo bem com o coração, mas nem conto a dificuldade que foi. Tadinha, fica com vergonha da dificuldade de subir na maca. Quer dizer, ela não sobe, né? Subiram com ela. Dois homens que estavam na recepção.
Ela é obesa e tem muita dificuldade. Tentei conversar com ela, falar algumas coisas, mas pôxa, a mulher acha que não dá pra fazer mais nada agora. Começou até a querer ficar brava quando falei pra tentar comer mais verduras, legumes e frutas ao invés de entupir a cara de pão, batata e arroz...
Joguei a sementinha... que é a única coisa que posso fazer. Se vai brotar, eu não sei. Depende do terreno. Se for só de pedra, desperdicei semente. Se tiver um pouco de terra e algumas pedras, pode ser que não nasça agora. Se for de terra, basta um pouco de adubo e ela crescerá.
Cada um faz o que pode, mas eu sou sensível e tem coisa que eu demoro a digerir.
Eu sei que tô chorando a minha dor e não a dela.
Tem tanta coisa, tanta coisa, mas eu não posso, nem devo comentar tudo. Não vale a pena.
Eu vejo, sinto, penso e muitas vezes eu falo. Muitas eu me calo também. Tenho muitos defeitos e muitas dificuldades, mas estou sempre tentando superá-las dia a dia.
Eu fico triste, eu fico feliz, eu ajudo, não me nego. E não vou me sentir culpada por nada. Nem pelo excesso, nem pela falta.
Tô um turbilhão esses dias, dá pra perceber, né?
O importante é que estou fazendo o que acho certo. Estou conseguindo seguir meu coração e chorar quando tenho vontade e falar o que sinto, mas sem ofender e sem melindrar demais.
Deus vê tudo. Não é preciso que eu fique vendo, analisando, julgando e criticando. Isso realmente não faz parte das minhas atribuições aqui na Terra.
Só quero ver todo mundo FELIZ!!! Mais feliz do que eu mesma me sinto.
Desculpem tanta coisa engasgada e mal explicada.
Mas é assim que estou hoje: meio um tudo, meio um nada.
Bjos e até mais!! Cris